A gente se olha no espelho todos os dias, mas será que a gente realmente se enxerga?
Com a rotina puxada, a correria, as cobranças externas (e as internas também), muitas vezes a gente vai se deixando de lado. Vai esquecendo de olhar com gentileza, com calma, com respeito. Vai se tratando como uma tarefa, um corpo que precisa melhorar, um rosto que precisa disfarçar o cansaço e não como uma mulher inteira, com história, com presença, com beleza que existe antes de qualquer filtro.
E é aí que entra o olhar com carinho.
Se olhar com carinho não é sobre se achar perfeita, nem sobre se encaixar em um padrão. É sobre se tratar bem, mesmo nos dias em que você não está se sentindo incrível. É escolher cuidar da sua imagem não por vaidade, mas porque você entende que sua imagem também comunica o quanto você se valoriza.
Autocuidado não é só skincare e banho demorado. É também dizer “eu mereço me sentir bem comigo” e permitir que sua imagem acompanhe isso. Às vezes, tudo o que a gente precisa é de um lembrete de que ainda está ali e viva, presente, bonita do jeito mais real possível.
E quando falo em imagem, não estou falando de algo superficial. Estou falando daquela sensação boa de se reconhecer numa foto, de se ver em um registro e pensar: “essa sou eu, e tá tudo bem com isso”. É sobre estar em paz com o que se vê, mesmo com as imperfeições.
Porque, no fim das contas, se ver com carinho é o primeiro passo pra se tratar melhor. Pra parar de se esconder. Pra ocupar o seu lugar com mais presença, mais verdade e mais leveza.
E isso não é futilidade.
É autocuidado.
E é necessário.